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16 de novembro de 2015

Fibromialgia em crianças e adolescentes


Quando falamos de alguém que padece de fibromialgia, a primeira pessoa que nos vem à cabeça é uma mulher madura. Na maior parte dos casos, assim é. A fibromialgia afecta sobretudo mulheres, a partir dos 40 anos, embora possa afectar TODO o tipo de pessoas.

Muitos pensam que não afecta os homens, porém, existem vários testemunhos que desmentem essa ideia. Se considera isto surpreendente fique também a saber que alguns estudos demonstram que existe uma percentagem a ter em consideração, de crianças e pessoas muito jovens (com menos de 18 anos) que padecem de fibromialgia ou de doenças similares.

O primeiro problema com que se depara é o diagnóstico. Se este é difícil de obter para um adulto, mais difícil se torna obtê-lo para uma criança.

Poucos médicos têm em conta a fibromialgia quando pretendem ver o que se passa com uma criança ou jovem cansados ou com dores musculares. A tendência é ir descartando doenças ou dizer que se trata de uma "virose".
Os estudos sobre fibromialgia são cada vez mais mas ainda poucos, menos ainda sobre como afecta crianças e jovens. Por esse motivo, embora saibamos que pelo menos 1 em cada 100 jovens possa ter fibromialgia ou síndrome de fadiga crónica, a informação ainda não é exacta.

Causas

Não se conhecem causas concretas que provoquem esta doença em crianças.
Os diferentes factores ou variedade de causas commumente apontadas foram exploradas neste artigo.

Pessoas afectadas

Nos menores de 18 anos estas síndromes detectam-se, na sua maioria, em raparigas entre os 13 e os 15 anos. Isto não descarta a possibilidade de ocorrer em meninos ou meninas ainda mais jovens.
As crianças com fibromialgia podem chegar a faltar à escola um dia por semana o que perfaz 4 faltas por mês. (veja legislação no fim deste artigo)


Tratamento

Tal como para os adultos não existe uma cura definitiva, por enquanto. Existem, sim, formas de tratar que ajudam a aliviar os sintomas.

Terapia - para fazer com que as crianças encarem a sua condição e aprendam de onde vem a dor para melhor poderem lidar com ela. É considerada uma das mais eficazes em pessoas mais jovens.

Massagens e fisioterapia contra a dor - devem ser feitas recorrendo a profissionais, de preferência com experiência em fibromialgia infantil, e não por alguém que não sabe o que faz

Exercício - um exercício de baixa intensidade, moderado, ajuda as crianças a conviver melhor com os sintomas da doença. Uma sessão de natação uma vez por semana pode fazer milagres.

Medicação - é o método menos recomendado. Existem vários fármacos usados em adultos porém não estão comprovados como úteis para aliviar os sintomas em crianças. Deve ser usada em último recurso

Quais os médicos a consultar?

O primeiro profissional de saúde a consultar é o pediatra. Este saberá para quem encaminhar o caso - psicólogo, fisioterapeuta, neurologista ou reumatologista.





    Sintomas

    Os mais familiares são comuns com os dos adultos:
    • os famosos 18 pontos de dor
    • cansaço continuado
    • dificuldade para conciliar o sono e distúrbios do mesmo
    • dor muscular crónica
    • enjoos
    • dor de barriga
    • desorientação
    • perda de memória

    Poderíamos mencionar muitos mais como já foi descrito neste artigo.

    Detecção

    Fazer um diagnóstico de fibromialgia é, ainda, muito difícil.
    Em Espanha, nalguns hospitais, fazem uma análise que identifica um determinado tipo de células produzidas pelo sistema imunitário. Para que a façam o médico deve ter fortes suspeitas de que o jovem ou criança possa sofrer de uma doença "invisível".
    Tanto quanto sei, em Portugal o diagnóstico será feito da mesma forma que se faz para um adulto.


    Sendo crianças terão, provavelmente mais apoio familiar e compreensão do que muitos adultos têm. Estes jovens sofrem, não deixe de lhes mostrar a sua compreensão, não deixe de sentir empatia. É o mínimo que merecem.


    Legislação


    2008 . Janeiro . 07 - Decreto-Lei n.º 3/2008
    Assunto: Define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário dos sectores público, particular e cooperativo
     
    Visa a criação de condições para a adequação do processo educativo às necessidades educativas especiais dos alunos com limitações significativas ao nível da actividade e da participação num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação. Mais informação aqui.


    edição e tradução livre de Ana Sousa a partir do texto @ Fibromialgia Blog


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