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Notícias
12 de junho de 2015

Os perigos do açúcar refinado


 

Açúcar branco

387 cal / 100g
O nosso corpo precisa de hidratos de carbono para recuperar energia.
Os hidratos de carbono dividem-se em simples e complexos.
Os simples são absorvidos rapidamente, gerando energia instantânea. Quando se consomem em demasia transformam-se em gordura corporal, criando reservas que não queremos. A este consumo seguem-se a obesidade, a hipertensão ou a diabetes.

O açúcar branco é o resultado de um processamento químico que retira da da calda de cana-de-açúcar a sacarose branca e adiciona produtos químicos – desconhecidos na sua maioria –, sendo que aditivos como clarificantes, anti-humidificantes, precipitadores e conservantes pertencem a grupos químicos sintéticos muitas vezes cancerígenos e sempre prejudiciais à saúde.
Devemos considerá-lo como um produto quimicamente activo, pois, sendo o resultado de uma síntese química é um produto concentrado. Quando são retiradas da calda da cana de açúcar e do açúcar mascavado as suas fibras, proteínas, sais minerais, vitaminas etc, resta apenas o carbo-hidrato, pobre, isolado, razão pela qual devemos considerar o açúcar como um produto químico e não um alimento.

 

Que efeitos pode ter a ingestão diária de açúcar branco?

  • Perda lenta e constante de magnésio - infecções, cancro
  • Perda lenta e constante de cálcio - cáries, osteoporose
  • Precipitação e retenção de sais de cálcio - arteriosclerose
  • Perda lenta e constante de vitaminas do complexo B, zinco e cromo - imunidade baixa, diabetes, cancro da próstata
  • Formação de placas bacterianas no sulco gengival - doença periodontal
  • Acidificação constante do sangue - desequilíbrio imunológico, o organismo rouba cálcio aos ossos para neutralizar essa acidificação
  • Perturbação do metabolismo glicídico - hiperglicemia, diabetes, depressão
  • Perturbação do metabolismo lipídico - obesidade, arteriosclerose

O açúcar é imunodepressor, ou seja, faz diminuir as capacidades de defesa do organismo, principalmente por eliminar o magnésio, devido ao consumo excessivo; por este motivo pensa-se que pode "facilitar" a aparição do cancro.
Por exemplo, o cancro de mama é muito raro no Japão no entanto torna-se comum nas japonesas que emigram para os Estados Unidos. Depois de estudarem diversos factores que pudessem explicar o fenómeno, os cientistas Stephen Seely, da Universidade de Manchester, Inglaterra e D. F. Horrobin, do Canadá, concentraram a atenção na alimentação e, em artigo publicado na revista New Scientist, levantaram a hipótese de que uma das causas do cancro de mama possa ser o açúcar. Seely e Horrobin compararam os índices de consumo per capita de açúcar e as taxas de mortalidade por cancro de mama em vinte dos países mais ricos do mundo. Descobriram que as nações que comem mais açúcar são exactamente as mesmas que apresentam mais óbitos - por ordem decrescente, a Grã-Bretanha, a Holanda, a Irlanda, a Dinamarca e o Canadá.

Os cientistas avançam com uma explicação: uma parte da glicose contida no açúcar - cerca de 30% - vai directamente para a corrente sanguínea. Para fazer face a esse súbito aumento da taxa de glicose no sangue, o pâncreas produz mais insulina, a hormona encarregada de "queimar" açúcar. O tecido mamário depende desta hormona para crescer, o mesmo acontece com as células do cancro da mama. Seely e Horrobin supõem que a inundação do seio pela insulina, que se segue à ingestão de açúcar, seria capaz de criar as condições ideais para o surgimento de um tumor.

 

Frutose

365 cal / 100g
A frutose é o açúcar que se encontra na fruta. Pode ser usada isoladamente para colocar em bebidas e sobremesas ou pode fazer parte dos alimentos industrializados.

A frutose tem efectivamente um comportamento diferente da sacarose, pelo que permite uma subida de açúcar no sangue mais lenta. Mas não deixa de ser um açúcar, de se comportar como tal e de ser necessário ingeri-la com moderação.

As consequências que vamos referir dizem respeito, não às quantidades que se ingerem pela fruta, mas sim a excesso de quantidade que advem da utilização da frutose no café, chá e da ingestão de produtos industrializados (compotas, bolachas, sobremesas, etc.) com frutose nos ingredientes.
Diversos estudos mostram que excesso de frutose:
  • Altera o metabolismo dos hidratos de carbono;
  • Pode aumentar o risco de cancro do pâncreas; 
  • Aumenta a resistência à insulina; 
  • Aumenta o stress oxidativo; 
  • Altera o sistema de recompensa cerebral podendo levar a maior ingestão de doces; 
  • Aumenta o colesterol e os triglicerídeos; 
  • Aumenta o risco de doença cardíaca e síndrome metabólica.
Atenção - a frutose pode ser extraída do xarope de milho, tanto quanto sei esta é muito menos saudável.

Como podemos evitar o açúcar branco, pouco saudável, e ainda assim adoçar a vida?

Tenha cuidado com os açúcares acrescentados aos produtos que consome.
Também precisa de ter cuidado com os produtos "sem açúcar". Estes alimentos normalmente contêm adoçantes artificiais que não são bons para o nosso corpo. A maior parte destes produz um maior apetite por doces, o que tem a ver com a formação de insulina.
Então o que podemos usar para substituir o açúcar branco para que consigamos a dose necessária de hidratos de carbono mais saudáveis?


Mel

304 cal / 100g
Um grande substituto do açúcar. É necessária uma menor quantidade para adoçar e tem um bom sabor. Contém polifenóis que têm propriedades anti-inflamatórias e fortalecem o sistema imunológico. Também é conhecido pelas suas acções antifúngica e bactericida. Possui elevado valor calórico, logo não deve ser consumido em grande quantidade. Tenha em consideração que quando é aquecido (cozinhado), o mel pode sofrer uma perda significativa dos nutrientes. 
O mel será sempre melhor puro, se possível comprado directamente ao produtor/apicultor.

Açúcar amarelo

386 cal / 100g
É areado e refinado sem eliminar totalmente o melaço, o que lhe dá a cor dourada.
É mais saudável do que o branco, refinado, porque contém minerais que o branco não tem. Ainda assim o seu valor energético é alto.

Açúcar mascavado

377 cal / 100g
Variedade de açúcar petrificado, resultado da cristalização da calda de cana-de-açúcar, e ainda com grande teor de melaço.
Existe na versão claro e escuro; tem menos aditivos químicos que o açúcar branco e conserva maiores propriedades nutricionais - contém proteínas, gordura, cálcio, fósforo, ferro, vitamina B1, B2, niacina, vitamina C, sódio, potássio, magnésio, cobre e zinco, enquanto o açúcar refinado contém 0 (zero) desses nutrientes, e ainda gasta os minerais do organismo para ser digerido e absorvido.

Melaço de cana-de-açúcar

290 cal / 100g 
O melaço é resultante da etapa de centrifugação, no processo de fabricação de açúcar. Contém açúcares redutores e parte de sacarose não cristalizada. Absorve-se mais lentamente e garante energia por um maior período de tempo.
Contém 3% de proteínas, vitaminas B1, B2, B6, ácido pantoténico, iodo, ferro, cobre, magnésio, fósforo e potássio. 
Tem um sabor forte pelo que pode ser necessário um período de adaptação. Pode usar-se numa dieta livre  de glúten.



Xarope de ácer

260 cal/100g
Muito mais doce do que o açúcar, acaba por usar-se em menor quantidade. Contém uma grande quantidade de minerais importantes para o organismo, como por exemplo o manganésio que fornece vitalidade às células.



 

Néctar de agave

310 cal / 100g
Típico do México, este xarope não eleva tanto os níveis de glucose no sangue e é muito doce. Consumido em quantidades razoáveis pode usar-se para perder peso.


Açúcar de côco

321 cal / 100g
É obtido a partir do néctar das flores de côco. Tem um baixo índice glicémico, é rico em vitaminas do grupo B e contém 14 aminoácidos, pode ser classificado como anti-oxidante.



Cenouras

41 cal / 100g
As cenouras raladas são fantásticas. Para fazer uma sobremesa saudável deve ralar cenouras e juntá-las à massa, substituindo não só o açúcar como parte da farinha. As cenouras são ricas em vitamina A e magnésio.




Stevia

0 cal / 100g 
A planta Stevia, originária da América do Sul, é um adoçante natural não calórico, contém edulcorantes naturais e a sua folha (seca) é 10 a 20 vezes mais doce que o açúcar de cana e o extracto "steviosídeo" ( pó branco, essência das suas folhas ) é até 300 vezes mais doce do que o açúcar.

A Stevia oferece vários possíveis benefícios para a saúde:
É um adoçante saudável para diabéticos - estudos demonstraram que pode ter efeitos benéficos nos níveis de insulina e glicose no sangue.
  • Não contém calorias - ajuda ao combate à obesidade, sendo que uma porção de 100 mg contém menos de meia caloria, e para além disso atenua a necessidade/desejo de comer.
  • Não altera o nível de açúcar no sangue.
  • Não é tóxica.
  • Inibe a formação da placa e da cárie dental - frui de conteúdo elevado de vitamina C e clorofila, que reduzem o crescimento indesejado de bactérias na boca (protege do sangramento, inflamações das gengivas, cáries e tártaro).
  • Não contém ingredientes artificiais.
  • Pode ser usada para cozinhar.
  • Pode ser usada a nível cosmético - é usada em cremes, tornando a pele mais macia e firme, combate as impurezas, tonifica a pele e corrige as rugas.
Aplicações culinárias: Esta planta, originalmente denominada como "erva doce", possui várias utilidades na alimentação, sendo que pode ser uma substituta do açúcar, podendo usá-la no café, sobremesas, chás, sumos, gelados, pratos assados ou cozidos.

Uma alternativa ao açúcar, que não prejudica os dentes e quase não contém calorias? É tentador, até porque os glicosídeos de esteviol podem ser uma oportunidade para virar em definitivo as costas a alguns edulcorantes, mal vistos em relação à saúde.

É aconselhável evitar a acumulação de vários tipos de edulcorantes no organismo. O melhor será limitar o consumo, também para não criar habituação ao gosto adocicado. Além disso, um produto não é mais saudável por ser adocicado por intermédio de aditivos. Numa alimentação sã e equilibrada, é preferível comer, de vez em quando, um produto com açúcar do que consumir com muita frequência produtos com edulcorantes. A Dose Diária Admissível (DDA) foi fixada pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos em 4 mg/kg de peso corporal.



Fonte: Dr. Marcio Bontempo e Dra. Sandra Regina Nogueira
@ Fibromialgia Dolor Invisible
Edição do texto - Fibromialgia em PT

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