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29 de abril de 2015

Sonata para violoncelo - um filme sobre fibromialgia


'Sonata para violoncelo' de Anna M. Bofarull, vai ser apresentado ao mundo no Dia Mundial da Fibromialgia, 12 de Maio de 2015. 

Este é o primeiro filme dedicado a este tema.

Sinopse:
Julia é uma reconhecida violoncelista de quase 50 anos, que passa a vida a viajar para diferentes cidades do mundo, a fim de dar concertos.
O seu trabalho exige muitas horas de estudo e de ensaios o que ela aceita, porque gosta do que faz e porque desfruta da companhia dos seus amigos, mantendo uma vida social muito animada.
O aparecimento de um problema imprevisto vai obrigar Julia a repensar toda a sua vida, a longo prazo. Depois de vários anos sofrendo dores intermitentes em diferentes partes do corpo, é finalmente, diagnosticada com fibromialgia, uma doença crónica. Enquanto Julia tenta viver a sua vida como sempre fez, a doença vai impondo numerosos obstáculos e ela começa a relacionar-se com pessoas, até então, afastadas.
Realizador Anna M. Bofarull
Com Montse Germán, Juanjo Puigcorbé, Jan Cornet más
Género Drama
País España

trailer



Anna M. Bofarull diz "São poucos os que realmente entendem como vive alguém com fibromialgia". 
Neste filme a realizadora pisa um terreno que conhece muito bem, usando a música como fio condutor. A sua mãe sofre de fibromialgia há anos e, é esta a causa do envolvimento pessoal e da necessidade de falar sobre o assunto, através do cinema. Graças à divulgação que faz da doença, o filme recebeu o apoio de diversas associações e entidades, públicas e privadas, relacionadas com a fibromialgia. Para financiar o filme usaram-se os meios tradicionais mas também o crowdfunding (financiamento colaborativo).

Julia é uma mulher atraente, elegante e culta, disposta a viver a vida à sua maneira, entregue de corpo e alma à música. Reconhecida violoncelista de trajectória internacional, a determinado momento enfrenta uma reviravolta inesperada que a vai obrigar a repensar a sua vida, a longo prazo. Depois de anos de dores esporádicas em várias partes do corpo, Julia recebe um diagnóstico definitivo: fibromialgia. 

A longa metragem protagonizada por Montse Germán, Juanjo Puigcorbé e Anna Salas, rodou-se principalmente nas comarcas de Tarragona e também em Lleida, Barcelona, nos Pirinéus e em Berlim. A estreia do filme foi no Festival de Málaga e vai agora iniciar a apresentação em vários outros festivais, até chegar às salas comerciais.


Como surge este projecto?

A ideia já surgiu há muito tempo. A minha mãe sofre de fibromialgia e a mim interessava-me ver o reflexo desta doença no grande écran. Quis confrontar este problema com o processo de criação, de modo a que a mudança de vida que a dor crónica implica não obrigue apenas a mudar de trabalho mas obrigue a renunciar à única coisa importante na vida de uma artista, neste caso uma violoncelista reconhecida a nível internacional. Para Julia, a protagonista, a dor converte-se numa limitação que a leva a lutar contra o próprio corpo para continuar a tocar.


Apesar do grande número de pessoas diagnosticadas em todo o mundo, perto de 4%, não existe ainda nenhum filme que fale da fibromialgia...

Certo. Assim que tive um guião escrito e comecei a pesquisar formas de financiar o projecto, investiguei e fiquei muito surpreendida ao saber que nunca ninguém tinha feito um filme sobre este assunto, apesar do grande número de afectados pela doença. Assim pensei que este seria mais um motivo para apostar neste projecto.


Porque é tão desconhecida, a fibromialgia?

Nos últimos anos este nome 'fibromialgia' tem-se ouvido mais, mas, ainda que muitos comecem a associá-la a dor crónica, poucos são os que realmente entendem como vive alguém com fibromialgia. Os portadores desta doença queixam-se de que nem amigos nem familiares os compreendem, que os acusam de "fazer de conta" ou que não têm vontade de trabalhar, não são activos. Isto é muito injusto.

'Sonata para violoncelo' parte de um contexto de ficção, através do cinema, até à complexa realidade que envolve a fibromialgia. O que vamos descobrir sobre esta doença?

O espectador vai descobrir, não tanto as razões médicas da doença, mas de que forma se pode viver com a dor, como se enfrenta, como condiciona muitos aspectos da vida. Trata-se de um caso concreto mas, até à data, o filme tem sido muito bem recebido por parte dos afectados pela doença (maioritariamente mulheres), que se vêm reflectidas, o que, para mim, é muito importante.


Não é a primeira vez que abordas, em filme, uma problemática social. O que te atrai no tema?

Para mim, escrever, realizar e produzir um filme significa dedicar muitos anos de vida a um projecto, envolver-me de forma obssessiva, já que o tema e os personagens me absorvem por completo. Por isso sinto necessidade de ser útil, de alguma forma, à sociedade onde vivo, que o meu trabalho tenha mais sentido do que a pura diversão cinematográfica. Consigo isso ao estar próxima de temas sociais relevantes.

A internet e as redes sociais foram as grandes aliadas deste projecto. De que maneira contribuiram para que o filme se fizesse?

Há 4 anos decidimos avançar com este projecto, publicamente. Partilhamos a ideia e a dificuldade de financiar o filme com todos os portadores de fibromialgia, ao mesmo tempo que apelamos ao crowdfunding (uma forma de financiamento colectivo). O mais interessante foi receber o feedback de muita gente, em todo o mundo, durante todo este tempo, o que nos animava a prosseguir pelo duro caminho que se percorre para concretizar um filme. Houve momentos em que isto foi a única causa pela qual continuamos a trabalhar, sem atirar a toalha ao chão. A cada semana recebemos contactos a perguntarem quando poderão ver o filme, em cada um dos países.


Porque foi escolhido o Festival de Málaga para estrear o filme?

Foi uma espécie de prémio pelo longo processo de produção, um reconhecimento pelo trabalho realizado. Málaga é uma montra fundamental para o panorama cinematográfico espanhol, recebe muita atenção da imprensa e pode ser uma grande ajuda para abrir caminho até às salas de cinema.


Jan Cornet, Anna Maria Bofarull e Montse Germán no Festival de Málaga



website do filme Sonata para Violoncelo
@ El Diario

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11 comentários:

  1. Adoraria ver este filme no Brasil

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    1. Ainda está a ser apresentado. Tenho a certeza que chegará ao Brasil.

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  2. Respostas
    1. O filme é espanhol. Quando apresentam um filme em festivais é precisamente para que as salas comerciais sintam interesse em apresentá-lo. Espero bem que chegue a todo o mundo.

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  3. alguém sabe se vai passar aqui no Brasil

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  4. Já está no Brasil? onde encontrar?

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  5. Espero que venha para as telas do Brasil.

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  6. Queria muito ver aqui no Brasil. Podiam adicionar ao Netflix!

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  7. Gostaria de saber se já está se encaminhando para os cinemas? Quero muito assistir, imagino que ajudará aos amigos e familiares de portadores dessa síndrome, a compreenderem mais sobre a fibromialgia, sobre o que passamos.

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