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24 de abril de 2015

Fibromialgia, fadiga crónica e inflamação intestinal - parte 1


O vídeo seguinte é a primeira parte de uma palestra feita pela Dra. Amaya Flores, explicando a fibromialgia e a sua abordagem terapêutica através da nutrição e da fitoterapia (terapêutica baseada no uso medicinal de plantas). Esta é uma das explicações mais claras e completas que já encontrei sobre fibromialgia.
A Dra. Amaya Flores é licenciada em Medicina e Cirurgia Geral pela Universidade de Navarra, especialista em Nutrição Energética, Homeopatia e Fitoterapia. É ainda mestre em Medicina Manual e Homotoxicologia Aplicada pela Universidade Complutense de Madrid. Colabora com a AFINA (Associação de Fibromialgia, Síndrome de Fadiga Crónica e Síndrome de Sensibilidade Química Múltipla).





Não deixe de ver a segunda parte, mais específica  sobre vários distúrbios intestinais.


Entrevista da Dra. Amaya Flores ao blog 'Tu salud para siempre'


- A fibromialgia tem geralmente um caminho longo e complexo até um diagnóstico desanimador?
- Realmente, a maioria dos pacientes de fibromialgia são diagnosticados muito tardiamente. Já se começam a fazer diagnósticos mais precoces mas até há muito pouco tempo não era assim. Tenho pacientes que estiveram 15, 20 anos, sobretudo mulheres, sofrendo dores, mal-estar, sem um diagnóstico de fibromialgia. Tudo começa a mudar.

- É mais fácil tomar comprimidos do que mudar o estilo de vida, o que seria essencial na fibromialgia. Como consegue convencer as pessoas a fazer as mudanças necessárias?
- O grau de conhecimento que o paciente tem sobre alimentação implica que, quando é preciso recomendá-los, seja mais fácil ou não fazê-lo. Uma pessoa que goste de usar muito açúcar precisa de deixar de o fazer. É preciso explicar muito, muito bem, os efeitos produzidos pelos alimentos a evitar. Os pacientes entendem perfeitamente mas a informação é difícil de assimilar porque, na sociedade actual, tudo se celebra comendo. Se forem melhorando com as mudanças acabam por adoptá-las. Ao início temos que ser determinados ao dizer ao paciente "tem que fazer isto". Quando se consegue transmitir essa força, o paciente sente-a e segue-a, e isso é importante.

- Como reconhecer uma pessoa que sofre de fibromialgia para a aconselhar a procurar ajuda profissional?
- Pelo quadro multi-sistémico que produz. Uma pessoa que sente muita dor, está muito cansada, não dorme bem, sente ansiedade, tem problemas digestivos, cãibras musculares à noite e que está mentalmente confusa, tem, provavelmente, fibromialgia. Este é o grupo de sintomas predominantes nesta doença.

- Comparando a vida antes e depois da fibromialgia, há motivo para ter esperança?
- Sem dúvida. Com um tratamento multidisciplinar, uma alimentação terapêutica, uma suplementação adequada, exercício físico bem dirigido e com terapia cognitiva, os pacientes melhoram, não há um paciente que não melhore. Isto depende do grau de compromisso, do empenhamento dos doentes. Se o doente for empenhado, as mudanças acontecem e sem dúvida que melhora. Se há esperanças? Sim, sem dúvida.

Santiago de Compostela 26/10/2013

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