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19 de março de 2015

Cientistas descobrem o "centro da dor"


Investigadores britânicos afirmam que detectaram a área cerebral vinculada à intensidade da dor.

A equipa da Universidade de Oxford usou uma nova técnica com imagens para observar o modo como diferentes níveis de dor afectavam o cérebro de 17 voluntários. A actividade em apenas uma área do cérebro (a ínsula posterior dorsal) correspondia aos valores de dor referidos pelos participantes.

Este método poderia ser usado para ajudar a avaliar os níveis de dor nas pessoas que têm dificuldade em dar essa informação ao médico, por exemplo, porque estão em coma, porque são crianças pequenas ou por sofrerem de demência.

O estudo foi publicado a 9 de Março de 2015 na revista "Nature Neuroscience".

"Identificamos a área cerebral provavelmente responsável pelo núcleo da experiência de dor que indicamos simplesmente com um 'dói-me' ", afirmou em comunicado de imprensa da Universidade, Irene Tracey.

"A dor é uma experiência complexa e multidimensional, que provoca a actividade de muitas regiões cerebrais que participam em coisas como a atenção, em sentimentos e emoções como o medo, na localização da dor, entre outras. Contudo, a ínsula posterior dorsal, parece ser específica para o 'nível de dor real'."

"Conseguimos encontrar esta área graças ao desenvolvimento de um novo método de registo da actividade cerebral", disse Tracey. "Este método permite observar estados cerebrais mais complexos, que se prolongam por períodos mais longos. Ao dar continuidade à dor que se sente durante muitas horas, conseguimos filtrar mais experiências momentâneas, como as variações de atenção e de medo."

No estudo, aplicou-se, à perna direita de 17 voluntários saudáveis, uma pomada contendo capsaicina* (o ingrediente activo das malaguetas picantes), que causa uma sensação de ardor. Quando a dor começou a desaparecer, aplicou-se um saco de água quente na mesma zona, para reavivar a dor. Após alguns minutos aplicou-se água fria na zona para aliviar a dor.

Enquanto se desenrolava o procedimento realizaram-se exames (scanner) aos cérebros dos participantes que indicavam os níveis de dor aos investigadores.

Os resultados sugerem que, ao mudar a actividade na ínsula posterior dorsal, talvez seja possível aliviar a dor que não responde a outros tratamentos, dizem os investigadores.


Fonte @ University of Oxford, 9 de Março 2015


Observação
* A capsaicina é o princípio activo de uma pomada analgésica que actua diminuindo a intensidade da transmissão do impulso doloroso para o sistema nervoso central.

Ora, será que isto indica uma contradição? Ou a sensação de ardor que a capsaicina provoca evolui para uma sensação de dor? Ou foi precisamente esse o princípio que se usou? Alguém pode ajudar o meu cérebro fibromiálgico a entender isto?


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