Acabei de escrever isto e não quero editar o texto porque tenho que me deitar. Por alguma razão sinto que tenho de o partilhar agora. Por isso, desculpem os erros.Quando me senti suicida e chorei todo o caminho até ao consultório da minha médica, eu sabia que não conseguia continuar assim. Chorei incontrolavelmente no consultório. Foi nesse momento que eu cheguei à conclusão de quão forte uma pessoa tem de ser para admitir que não está bem e pedir ajuda. Só então percebi como eu sou forte, corajosa e inteligente. Só então percebi como são fortes todos os outros que batalham contra estes monstros todos os dias.Não é fácil estender a mão e pedir ajuda porque isso torna-nos vulneráveis. Acabei por aprender que... vale a pena! Aprendi que sou importante. Aprendi que sou mais amada do que penso ou imagino. Aprendi que tenho valor. Aprendi que posso seguir em frente. Aprendi que não quero que a minha vida acabe. Só quero acabar com a dor.Aprendi que devo ser uma melhor defensora do meu estado mental. Aprendi que é bom falar sobre saúde mental. Aprendi a não ter vergonha de precisar de psicoterapia, que preciso de psicoterapia. Aprendi a não ter medo de dizer que a psicoterapia me ajuda. Aprendi formas de destruir estigmas. Aprendi que não há nada de errado em sentir emoções, positivas e negativas, porque eu, sou apenas humana. Aprendi que as emoções negativas não têm que ser ignoradas, podem ser sentidas; no entanto, não têm que durar para sempre.Aprendi que nem toda a gente sabe ouvir, preocupar-se ou compreender e isso é normal. Aprendi a afastar-me dos que não o conseguem fazer sem ficar zangada com eles.Aprendi que, definitivamente e sem qualquer dúvida, vale a pena falar e admitir que preciso de ajuda. NUNCA vou arrepender-me do momento em que pedi ajuda quando me senti no fundo de um poço, sem ver como sair. A única coisa de que tenho pena é de que, a médica que me ajudou, não saiba que, literalmente, me salvou a vida. Queria tanto que ela soubesse e que se sentisse motivada para continuar a ajudar os outros, naqueles dias em que ela própria se possa sentir desencorajada.Aprendi que a minha voz é importante e a minha mensagem tem um objectivo. Espero que ajude outros a continuar a lutar esses monstros que são tão difíceis de derrotar.Juntos, conseguimos.
27 de abril de 2015
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