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31 de março de 2015

O que deve saber sobre fibromialgia



1. A fibromialgia é uma DOENÇA reconhecida por todas as organizações internacionais e pela OMS (Organização Mundial de Saúde) desde 1992 e sem que nenhuma negue a sua existência.


2. "Não se acredita na fibromialgia porque a sua origem é desconhecida."
Existe uma percentagem muito alta de doenças cuja origem se desconhece. Por exemplo, várias doenças plenamente reconhecidas pela sociedade:
anemia perniciosa, doença celíaca, diabetes mellitus tipo I, doença de Graves, doença de Addison, doença de Crohn, lúpus eritematoso sistémico, artrite reumatóide, síndrome de Sjogren, psoríase e muitas outras.
Todas estas são doenças auto-imunes e a sua origem é desconhecida.


3. "Já ouvi mais do que uma vez que a fibromialgia é um síndrome logo não acredito que seja uma doença."

Síndrome - (medicina) conjunto de sintomas que caracterizam uma doença.


4. "Tenho 18 em 18 pontos dolorosos; a minha fibromialgia é das piores."

Esta afirmação é muito usada e induz em erro e influencia quem acredita. Os pontos dolorosos na fibromialgia são apenas um dos factores para diagnosticar a doença e estão a cair em desuso, como se pode ler num documento elaborado pelo Ministério da Saúde espanhol, em 2011.

(...) Estes critérios abandonam a contagem dos pontos dolorosos como elemento fundamental para o diagnóstico da Fibromialgia e contemplam a valorização quantitativa da dor generalizada e de outras manifestações da FM como cansaço, sono não reparador, sintomas cognitivos e sintomas orgânicos. Também é importante assinalar que facilitam ao clínico uma escala de gravidade para avaliação da dor e das outras manifestações clínicas em cada um dos doentes em concreto assim como para o acompanhamento da evolução. (...)


5. Porque me receitam anti-depressivos e/ou anti-epilépticos? Não tenho depressão nem epilepsia.

Muitos doentes com fibromialgia referem-se a um estado de ânimo que se vai agravando com a dor, outros referem sentir-se deprimidos, com necessidade destes fármacos.

A reposta é que dentro do grupo de todos os afectados pela FM existem necessidades muito diferentes. Existe uma escala analgésica de fármacos, regulada pela OMS e que o paciente deverá ir experimentando conforme as suas necessidades para controlar a dor, às vezes saltando degraus dessa mesma escala.

(...) "Em 1986 a OMS publicou um protocolo com o título "Alívio da dor oncológica", do qual um dos componentes centrais foi a Escala Analgésica da OMS, com os seus 3 degraus. Em 1993 distribuiram-se 250000 exemplares deste protocolo em mais de 22 idiomas, convertendo-se assim na segunda publicação mais traduzida da OMS." (...)

(...) "Os fármacos adjuvantes são aqueles que, administrados de forma conjunta com analgésicos, potenciam o seu efeito. Os anti-convulsivos (carbamacepina, gabapentina, pregabalina) utilizam-se, de forma clássica, na dor neuropática. Os anti-depressivos (tricíclicos e os inibidores de recaptação de serotonina) são eficazes no tratamento da dor osteoarticular, com resultados variáveis dependendo do anti-depressivo e da doença. Existem provas da sua eficácia na fibromialgia e na dor lombar crónica. Também são eficazes no controle da dor neuropática."


Documento de Validade da Escala Analgésica da OMS, em castelhano.
"Dor: Princípios e Prática" de Onofre Alves Neto


6. Porque há pacientes que beneficiam do exercício físico e outros não?

(...) "Os pacientes fibromiálgicos têm diferentes níveis iniciais para as suas capacidades físicas; alguns podem exercitar-se com uma intensidade moderada-alta; enquanto para outros essa intensidade pode aumentar a dor. A intensidade da dor em pacientes com dor crónica, principalmente nos que têm fibromialgia, cujos sintomas são muito variáveis, não é constante; o que torna necessário averiguar a capacidade do indivíduo antes de iniciar qualquer programa para que se ajuste a intensidade do exercício a cada um."(...)



7. Muitos doentes beneficiam de Terapias Alternativas; podem ajudar-me?

Informação extraída do documento Fibromialgia, elaborado Ministério da Saúde espanhol a págs. 56 e 57, de 2011:
  • Agentes físicos - vários estudos sugerem um efeito positivo a curto prazo para o laser, a termoterapia superficial, os campos magnéticos e a  estimulação magnética transcraniana. Grau de recomendação C.
  • Terapia Manual - não se demonstrou de forma suficiente o efeito benéfico do tratamento quiroprático e da massagem no tratamento da FM. Grau de recomendação C.
  • Acupunctura - não há prova suficiente para recomendar a acupunctura como tratamento em pacientes com FM, embora alguns estudos demonstrem uma melhoria na dor destes doentes. Grau de recomendação C.
  • Homeopatia - não existe prova suficiente para recomendar a homeopatia como tratamento em pacientes com FM. Grau de recomendação C.
  • Qi-Gong, Reiki - não se demonstrou a eficácia do Qi-Gong, Reiki e outras terapias naturais no tratamento da FM. Grau de recomendação C.
  • Ozonoterapia - não há prova suficiente para recomendar a ozonoterapia como tratamento em pacientes com FM. Grau de recomendação D.
  • Taichi - ainda que um primeiro estudo sugira a obtenção de benefícios em pacientes com FM, não se demonstrou a sua eficácia no tratamento da FM. Grau de recomendação D.
  • Hipnose - apesar de alguns resultados positivos não há provas científicas para que se recomende o uso da hipnose. Grau de recomendação D.


Original @ Fibromialgia Notícias
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