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16 de março de 2015

A fadiga crónica não é um transtorno psicológico!


Investigadores do "Centro para a Infecção e Imunidade" da "Escola Mailman de Saúde Pública" da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, Estados Unidos, identificaram mudanças imunológicas significativas em pacientes diagnosticados com fadiga crónica, também conhecida como intolerância sistémica ao esforço.

Esta é a primeira prova física consistente com o facto da fadiga crónica não ser um transtorno psicológico e também que é um transtorno que se desenvolve em etapas distintas.

Estas descobertas, publicadas num artigo na edição digital de "Sciences Advances" podem ajudar a melhorar o diagnóstico e a identificar as opções de tratamento para esta doença incapacitante em que os sintomas vão desde a fadiga extrema e dificuldade de concentração até dores musculares e de cabeça.

Com o apoio da "Iniciativa da Fadiga Crónica" da "Hutchins Family Foundation", os investigadores fizeram um ensaio imunológico para determinar os níveis de 51 biomarcadores em amostras de plasma sanguíneo recolhidas num total de 298 pacientes com fadiga crónica e 348 pessoas sãs.

Os peritos descobriram que pacientes diagnosticados há pouco tempo tinham um aumento nas quantidades de muitos tipos de moléculas imunes chamadas citocinas.

A associação foi consideravelmente forte com uma citocina chamada interferão-gamma que está vinculada à fadiga que se segue a muitas infecções virais, incluindo o vírus de Epstein-Barr (que causa a mononucleose).

"Agora temos provas que confirmem o que milhões de pessoas com esta doença já sabem, que a fadiga crónica não é psicológica", afirma a autora principal do trabalho, Mady Hornig, directora de "Investigação Translacional no Centro de Infecção e Imunidade" e professora associada de Epidemiologia na "Escola Mailman" de Columbia. Segundo ela, os resultados devem ajudar a acelerar o diagnóstico e a descobrir novas estratégias de tratamento centradas nestes marcadores sanguíneos.

interferão-gamma


(...)


Em 2012, W. Ian Lipkin, director do "Centro de Infecção e Imunidade", e os seus colegas divulgaram os resultados de um estudo de descartavam definitivamente dois vírus que se acreditava estarem ligados à fadiga crónica.

Nos próximos tempos, Hornig e Lipkin, esperam revelar os resultados de um segundo estudo envolvendo o líquido cefalorraquidiano de pacientes com fadiga crónica.

"Este estudo prova o que nos escapou durante muito tempo: uma prova inequívoca da disfunção imunológica na fadiga crónica e biomarcadores de diagnóstico da doença", destaca Ian Lipkin.

Março 2015


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